sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dando um novo fôlego para o seu negócio


O segmento de franquia é muito conhecido por empreendedores que querem abrir seu primeiro negócio, ou por empresários que pretendem diversificar sua atuação e abrem uma franquia do zero.

O que poucos sabem é que cresce a cada dia o número de negócios independentes que se juntam a uma rede de franquias já existente –normalmente, mais conhecida e com várias unidades–, passando a adotar sua marca e processos. São as chamadas franquias de conversão.

Esse modelo tem sido utilizado em vários mercados: óticas, farmácias, supermercados, escolas de idiomas, cursos técnicos, dentre outros.

As vantagens de converter seu negócio aderindo a uma rede de franquias são inúmeras. Dentre elas, podemos destacar:

Compras com melhores condições
À medida que você faz parte de uma rede, o seu poder de compra não é mais de um, e sim proporcional ao número de unidades que a sua marca possui no mercado.

Portanto, o ganho de escala está ligado diretamente às vantagens de preço que se ganha ao aumentar muito o volume de compra de um determinado produto ou serviço.

Acesso a sistemas de gestão
Toda rede de franquia atua com um sistema de gestão, tanto de vendas como de apoio, que ajuda muito o empresário no controle de vendas e estoque, do fluxo de caixa e do financeiro do negócio.

Com base nos números médios da rede, é possível ver o quanto o negócio vai bem, ou o quanto precisa melhorar. Quando se atua de forma independente, não existem esses parâmetros de desempenho e, muitas vezes, você só irá perceber que está com problemas quando já estiver no vermelho.

Campanhas de marketing
O empreendedor que possui um único negócio raramente terá condições de fazer grandes investimentos na área de marketing, em função da limitação da verba individual do seu negócio.

Ao fazer parte de uma rede de franquia, no entanto, a verba individual de cada unidade é somada em um fundo único, tornando-se um valor bem mais expressivo. Com essa verba cooperada, é possível realizar ações mais ousadas, com maior abrangência e em frequências muito maiores.

Uma marca de rede pode vir a se tornar muito conhecida em um espaço de tempo muito menor, em função da agressividade que uma verba robusta de marketing possibilita a curto, médio e longo prazo.

Remodelagem visual do negócio
Para fazer parte de uma rede, o emprendedor deverá adequar o espaço físico de sua loja ao layout utilizado pela marca, desde a fachada até o espaço interno.

Isso o atualizará com o que há de mais moderno e eficiente no segmento, pois é papel do franqueador olhar continuamente para as tendências de mercado e para o que o consumidor espera na hora de adquirir esse produto ou serviço no ponto de venda –o chamado momento mágico da experiência de compra.

Treinamento
Tanto o empreendedor quanto seus funcionários terão acesso a treinamentos nas mais diversas áreas do negócio, para que seu desempenho melhore e sua equipe trabalhe de forma mais motivada e preparada para atingir metas.

Com uma estrutura maior, um franqueador pode contar com especialistas de cada área em sua equipe, colocando à disposição dos seus franqueados esses recursos durante o dia a dia da operação.

Existem, também, os momentos de encontros de franqueados com seus franqueadores, onde a troca de experiências é bastante rica e serve de modelo e aprendizado para os demais. Ou seja, a troca de conhecimentos faz com que todos aprendam uns com os outros.

Essas são algumas das vantagens que, de cara, um empreendedor passa a ter acesso quando se converte para uma rede de franquias.

O resultado prático disso é que, além do aumento no faturamento e no resultado do negócio, surgem ainda ganhos menos mensuráveis, porém fundamentais para qualquer empreendedor que deseja continuar a crescer e expandir seu negócio.

Uma injeção de "vida" e "energia" no seu espírito empreendedor por meio do acesso a ferramentas e informações que estavam muito distantes de sua antiga realidade.

Lembre-se: um franqueado é também um empreendedor, pois continua sendo responsável pelo seu negócio. Ele só troca a solidão de, muitas vezes, ter que decidir tudo sozinho, para compartilhar e crescer em rede.

Fonte: http://www.franquia.com.br/noticia/dando-um-novo-folego-para-o-seu-begocio

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Empreender: com ética ou sem ética?


Por Jerônimo Mendes

O desafio de empreender também passa pelo desafio da ética. Lembrar-se dos direitos e não lembrar-se dos deveres é uma opção difícil de reverter. Um futuro glorioso depende dessa opção inequívoca por fazer o que é certo.

Shutterstock

O diretor executivo de uma grande companhia por onde passei dizia que a ética é o freio da ambição. Pensando nisso, ética não é um conceito facilmente aplicável nas empresas até mesmo porque o capital não consegue se multiplicar na velocidade que precisa se adotá-la como bandeira.
Se a ética prevalecesse, a distribuição de renda seria mais equilibrada, as relações desumanas no trabalho teriam outra conotação e os profissionais em geral seriam mais do que um simples número no quadro de empregados.
Apesar de todas as recomendações dos especialistas com as mais variadas teorias sobre o assunto, as empresas continuam falhando na condução dos negócios. Tem a ver com jogo da sobrevivência e também com os valores adotados por seus líderes e acionistas.
O capital humano nunca foi páreo para a ambição desmedida do lucro e quando a ambição ultrapassa os limites do razoável, a ética e o respeito aos indivíduos são literalmente atropelados pelo poder. Por isso, é difícil ser você mesmo num mundo que o obriga a ser diferente.
Muito se fala na necessidade de modificar as relações entre capital e trabalho com intuito de proporcionar ambientes mais justos e fraternos, porém o abismo entre o discurso e a prática é imenso.
A sobrecarga de trabalho é um exemplo típico da imposição do poder. A opção pela redução da força de trabalho e a voracidade do capital elevam o custo social, sem pudor e quem paga são os empregados que sacrificam suas vidas em nome do lucro.
Quero lembrar que as empresas são feitas de pessoas e as pessoas erram, porém, numa sociedade extremamente competitiva, o mínimo erro torna-se imperdoável. Erros fazem parte do crescimento embora, no mundo corporativo atual, façam parte do crescimento em outra empresa, raramente onde foi cometido.
Em geral, as relações entre capital e trabalho são absolutamente frias e, por certo, as relações entre “chefes” e colaboradores também. É menos trabalhoso exercer a pressão do que a liderança efetiva para obter resultados.
O mundo foi construído com base nas diferenças étnicas, religiosas e culturais. Por questão de sobrevivência, muitos profissionais se sujeitam a trabalhar em empresas de valores duvidosos, contrários aos seus próprios valores, onde o discurso existe apenas para agradar a sociedade e a ética restringe-se aos manuais da organização.
Infelizmente, não existe emprego ideal, mas existe trabalho ideal, caso contrário, o mundo seria entediante. O que nos move para frente é a certeza de que existem pessoas de bem, apesar da nossa tendência inequívoca de pensar diferente.
Os seres humanos são capazes de coisas incríveis por dinheiro e poder. Na maioria das vezes, a ambição será mais forte do que a ética, motivo pelo qual o esforço para manter a integridade será enorme. Todavia, não se deve perder a esperança nem se descolar das suas raízes. Nenhuma criança foi ensinada a ser má, a fazer a trapaça e a não ser ética.
As relações na vida pessoal e profissional nos desafiam, entretanto, a sociedade está mais atenta. Contudo, existem líderes e organizações sensatas que conseguem conciliar os interesses, pois transcendem a ambição e o lucro em nome daquilo que se convém chamar de ética.
O desafio de empreender também passa pelo desafio da ética. No início, pode-se ignorar parcialmente alguns valores, em nome do crescimento e da sobrevivência, entretanto, quando estiver no topo, será praticamente impossível ignorá-los. A sociedade vai cobra-lo impiedosamente.
Ser ambicioso é uma virtude admirável, entretanto, quando a ambição passa por sonegar impostos, atropelar os direitos do empregado, colocar em risco a vida das pessoas e puxar o tapete do próprio sócio que lhe estendeu a mão, transforma-se numa obsessão doentia.
Ganhar dinheiro é bom e necessário, mas a vida não se resume a isso. Empreender com ética é um caminho difícil, porém recompensador. Não há nada que supere o prazer de se fazer por si mesmo quando todos imaginavam que isso não ia dar em nada.
Ética é assim: ou você tem ou não tem. Não dá para ser meio ético e, algum dia, esperar que a chave mude automaticamente. Deitar a cabeça no travesseiro com a sensação do dever cumprido, desprovido de culpas e mágoas, não é para homens comuns.
Pense nisso, empreenda mais e melhor!

Por que é tão importante desenvolver equipes?

Por Karina Magolbo
Editora da Revista Liderança
O mercado está em constante processo de mudança e exigindo cada vez mais das empresas e dos profissionais, sendo assim o treinamento e desenvolvimento são, sempre, programas de retorno garantido. Entrevistei para a Revista Liderança Digital, A.J. Limão Ervilha, consultor, professor, escritor e palestrante, que falou sobre a importância e os desafios do treinamento nas empresas.
Liderança Digital – Quais os benefícios dos treinamentos?
A.J. Limão Ervilha – Neste início de século a evolução do pensamento administrativo é que os objetivos estratégicos sejam desdobrados em metas menores e identificada as competências necessárias dos colaboradores para que realizem esses objetivos. Portanto, o benefício dos treinamentos é o desenvolvimento da competência necessária do colaborador, para atingir as metas e objetivos da organização.
L.D – Qual o treinamento mais utilizado pelas empresas?
A. J. L. E. – Os mais utilizados são os que trabalham as competências de liderança, atitude, comunicação, negociação, trabalho em equipe, flexibilidade, decisão, entre outras comportamentais. Vale dizer que os treinamentos técnicos são acumulativos e dependem de estudos específicos quanto a produtos, equipamentos, processos etc. Os comportamentais são os mais utilizados, pela necessidade de preparação e desenvolvimento das pessoas na realização dos objetivos estratégicos. Por exemplo, estamos desenvolvendo no Hospital Albert Einstein, a competência de comunicação, negociação e decisão, em que são treinados todos os funcionários em diversos níveis.
L.D – As empresas investem em treinamento e desenvolvimento? Qual a importância desse investimento?
A. J. L. E. – Investem, pois os resultados que as empresas obtêm, comprovam o seu retorno. Um dos indicadores da organização é a hora / funcionário treinado, também exigido nos programas de qualidade e de certificação como a ISO. Como a relação do trabalho também tem se modificado, como dissemos anteriormente, a empresa busca a produtividade essencial para atingir seus resultados, a medida que prepara as pessoas. Por sua vez, os funcionários sentem que a empresa investe no seu desenvolvimento e que irá colher frutos ao longo da sua carreira. Em pesquisa realizada e publicada pela Harvard Business Review de 1999, junto a funcionários, destacou que o “o fator isolado mais importante não é o dinheiro... mas, se determinado cargo encaminhará suas carreiras”.
L.D – Quais as características de uma equipe bem treinada?
A. J. L. E. – Primeiro os resultados organizacionais atingidos, segundo a consciência que todos na empresa estão buscando um objetivo comum e isso traduz em espírito de equipe, sinergia das pessoas que são observados pela satisfação dos clientes. Existem também indicadores de performance da equipe de uma empresa sobre o resultado final que culmina com a realização do negócio, junto ao cliente.
L.D – Quais os erros mais comuns nos treinamentos e como evitá-los?
A. J. L. E. – Com certeza é a realização de treinamentos sem um planejamento e sem clareza sobre o que se busca em termos organizacionais. Assim, fazem treinamentos pontuais sobre uma necessidade específica, mas não está conectado com um objetivo estratégico ou um indicador de desempenho que possa se aferir os resultados. Também a descontinuidade de projetos, em que empresas iniciam com escopo bem definido, mas na primeira dificuldade ou nas redefinições de prioridades, interrompem a sequência dos treinamentos. Por outro lado, existem grandes projetos na empresa que são executados sem um gestor que entenda os reais objetivos da sua realização, mais como uma atribuição de tarefas. Para evitar esses erros como dissemos, todo projeto de treinamento e desenvolvimento deve iniciar com os objetivos estratégicos e metas estratificadas. Identificar as competências necessárias entendendo que o processo de desenvolvimento é contínuo e deve ser prioridade dos executivos da empresa e os gestores, entenderem toda essa estruturação.
L.D – Qual a importância do pós-treinamento?
A. J. L. E– A importância do pós-treinamento é verificar se a competência foi instalada. O que se utiliza normalmente para medir o treinamento é a aplicação de uma avaliação seis meses após realizá-lo. O que fazemos nas empresas, após a realização de um treinamento é verificar se a competência treinada foi instalada no treinando, por meio do comportamento observado. Todo treinamento visa uma mudança de comportamento que pode ser verificado, por exemplo, se as palavras-chave utilizadas durante o treinamento e também se as técnicas desenvolvidas são aplicadas no dia a dia.
L.D – Como reforçar o que foi aprendido?
A. J. L. E– Nesse quesito, é importante treinar o gestor para que nas suas aplicações de feedback ecoaching, continuem o processo de desenvolvimento na prática. A transferência de tecnologia deve ser a base de todo treinamento. Deve ser exigido da empresa de consultoria ou consultor que é contratado para os treinamentos. Somente assim, o treinamento será eficaz, sendo reforçado continuadamente. Esse é o grande objetivo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

10 sinais de que você não é um bom gerente de vendas

Por Raúl Candeloro

Elo fundamental entre a liderança da empresa e a equipe comercial, o gerente de vendas é responsável por entender e ajudar a definir estratégias, traduzi-las em metas para a equipe e depois recrutar, treinar, remunerar, incentivar e supervisionar a equipe na execução. Quando feito isso corretamente, o líder consegue uma equipe “afinada”, que entrega/supera a meta de maneira consistente e sustentável – sem loucuras, sem matar a equipe, sem se indispor com todo mundo, sem malandragens.
Ocorre que, em muitas empresas, encontramos gerentes que não são bem líderes. Eles, na verdade, são vendedores em posição de supervisão, que “ficaram” gerentes com remuneração mais fixa do que variável e com títulos mais pomposos. Mas têm claramente várias lacunas em termos de liderança.
Lacunas todos temos e precisamos trabalhar sempre para melhorá-las. O problema é que as deficiências de um chefe influenciam toda a equipe, principalmente quando ele não tem a humildade de aceitá-las e trabalhar com a equipe para melhorar. Ao contrário, o mau gerente terceiriza a culpa e a responsabilidade. Num ambiente assim, não dá para culpar os vendedores por não atingirem as metas. Com o passar do tempo, temos uma equipe disfuncional e problemática. Algumas mais, outras menos, mas todas com performances crônicas e consistentemente abaixo do ideal.
Normalmente essas equipes têm alguns destes sintomas (quanto mais sintomas, mais disfuncional e maior a urgência de o líder assumir a responsabilidade pela situação):
Baixa performance – Esse é o sintoma mais evidente. Se uma pessoa na equipe não atinge o resultado, a responsabilidade é dela. Se todos não atingem, a responsabilidade é do gerente.
Turnover alto – Um pouco de turnover é bom, porque oxigena a equipe. Mas turnover alto entre os melhores na equipe é um problema.
Alta liderança atravessando hierarquia – O alto escalão da empresa, normalmente reservado e mais distante, começa a atravessar a hierarquia e falar diretamente com os vendedores, principalmente para cobrar resultados imediatos a qualquer custo.
Isolamento – Um departamento não pode estar isolado ou em constante guerra com todo o restante da empresa. É falha de liderança.
Gritos, berros e ameaças – Quanto maior o volume, maior o problema. Principalmente se vem de uma pessoa que era calma, mas começou a mudar a forma de se comunicar por estresse, fadiga mental e falta de opção.
Desorganização sob pressão – Decisões se transformam em ações e ações em resultados. Se as decisões começam a ser tomadas de maneira desorganizada (o famoso “dar tiros para todos os lados”), com certeza há um problema.
Relacionamentos estremecidos – No trabalho e muitas vezes em casa também. Paga-se um preço alto ao se estressar com todos à sua volta.
Baixo nível de energia na equipe – As pessoas andam olhando para baixo, ombros caídos, cara amarrada. As pessoas postam: “Finalmente é sexta-feiraaaaa!” no seu Orkut ou Facebook. O grupo fica feliz e alegre quando o líder não está.
Feedback inexistente – Só críticas e acusações. O famoso, perdão pela expressão, “fodeback”. Nenhum trabalho de desenvolvimento é levado a sério.
Falta de ética – Mesmo pessoas honestas às vezes sucumbem à pressão prolongada por resultados e fazem coisas das quais depois têm vergonha ou pouco orgulho.
A rotina de vendas não é fácil e há dias nos quais mesmo uma equipe boa passa por esses sintomas. Isso é normal. O que não pode acontecer é confundir sintomas (efeitos/consequências) com causas – e, principalmente, não se pode terceirizar a responsabilidade.
Vendedores têm que chamar para si, sim senhores, a responsabilidade de atingir metas que muitas vezes eles/elas mesmos se propuseram. E de procurarem se desenvolver sempre. Mas o gerente também precisa assumir sua responsabilidade pelos resultados e pelo nível de energia da equipe.
Só assim se consegue a cumplicidade, a confiança e a transparência entre vendedor e gerente: esses, sim, os grandes sintomas de uma equipe saudável.

sábado, 13 de abril de 2013

A Revolução Digital e o Impacto no Comércio Eletrônico

POR LUCAS LEONARDO

A Revolução Digital e o Impacto econômico no Comércio Eletrônico
No final da década de 1960, surgiu a internet, criada pela ARPANET, com o intuito de interligar dados a outros computadores. Mas a internet conhecida nos dias de hoje, só teve início no começo de 1990, através do Word Wide Web (Rede de Alcance Mundial) – as iniciais WWW que digitamos para acessar os sites – criado pela CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear). Antigamente, esta tecnologia era apenas de uso exclusivo da indústria bélica, utilizada nas buscas de tecnologia de espionagem. Pela complexidade de sua utilização, somente pessoas muito especializadas conseguiam manuseá-los.
Mas a partir daí o que era de acesso somente de quem tivesse profundo entendimento de computadores, passou a ser alcançado por outras pessoas que não tinham tanto conhecimento. Assim, a internet que antes era associada a fanáticos por computadores e pesquisadores, ficou popularizada entre diversos tipos de pessoas, fazendo parte dos lares e sendo utilizada por toda a família.
A partir de 1990, a internet, que antes era mais restrita aos norte-americanos, explodiu em outros países, penetrando na sociedade, da mesma forma que a energia elétrica no passado. Através do computador, foi possível um novo aumento no uso da escrita, que estava apagada com o avanço das mídias audiovisuais, principalmente a televisão. Essa popularização deu início a revolução digital, que modificou completamente, a sociedade. O número de pessoas que navegam na internet cresce a cada dia que passa. Um novo mundo cheio de vantagens e facilidades foi descoberto. Informação, interatividade, relações pessoais, negociações, notícias, compras e outras necessidades do dia-a-dia ganharam um grande espaço na web. O mundo está diminuindo e não há distância geográfica que a internet não possa proporcionar uma aproximação das pessoas que dela se utilizam para manter contatos entre si.
Revolução Digital


A globalização da internet é muito maior do que a que veio com as grandes navegações, que ampliaram o mercado. O trabalho feito nos parâmetros da revolução industrial tornou-se muito menos eficaz do que o mercado que a internet propõe nos dias de hoje. O comércio online explodiu, trazendo uma nova forma de negociação diferente entre os consumidores e as empresas, que já não necessitam mais de um vendedor que faça a intermediação da compra. Também na medicina, na educação, nas artes e na economia, a internet revolucionou e possibilitou uma melhoria com sua evolução rápida e avassaladora.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_digital
Breve História do Comércio Eletrônico As primeiras aplicações do CE ocorreram no início da década de 70, com novidades como a transferência eletrônica de fundos (TEF), na qual se podia transferir dinheiro eletronicamente. Mas sua aplicação limitava-se a grandes corporações, instituições financeiras e algumas empresas mais arrojadas. Surgiu então a troca eletrônica de dados, tecnologia que permite a transferência eletrônica de documentos como ordens de compra, faturas e pagamentos eletrônicos entre organizações. Essa nova possibilidade ampliou a participação de empresas financeiras, de manufatura, de revenda e prestadoras de serviços, por exemplo. Outras aplicações de CE se seguiram, envolvendo desde negociações de estoques até o sistema de reservas de viagens. Todas essas inovações foram chamadas de “sistemas interorganizacionais” e seu valor ainda é amplamente reconhecido.
Impacto Econômico do Comércio Eletrônico A economia do CE baseia-se muitas vezes em princípios diferentes dos que regem os mercados tradicionais.
O tema principal da 3a. Conferência On-line do Projeto Empreendedor, organizada pela empresa Paypal, mostra que o aumento das vendas pela internet vem crescendo consideravelmente nos últimos tempos. Somente em 2011, cerca de R$ 19 bilhões foram de vendas de bens de consumo, com mais de 35 milhões de consumidores optando por realizar suas compras pela internet.

Devido as grandes ofertas e praticidades das compras pela internet, o ritmo das vendas tem crescido muito nesse setor. Atualmente, as vendas do e-commerce são lideradas pelas classes A e B no Brasil, totalizando cerca de 70% dos consumidores. Embora a classe C venha crescendo em um bom ritmo, o acesso à internet é um privilégio para apenas 48% da população. As classes D e E também não ficam de fora e completam 1% das vendas do ecommerce.
Visando o crescimento do e-commerce no Brasil, Alexandre Crivellaro, um dos palestrantes da conferência, ressalta que o Ibope então criou métricas para acompanhar o comportamento de compra do consumidor.
O comércio eletrônico cresce em torno de 25% a 30% ao ano chegando a picos de 40%, ultrapassando o crescimento da internet. Crivellaro explica que foi criado um painel com 5 mil usuários na internet, acompanhados diariamente para fazer relatos como: os melhores locais para anúncios dos lojistas, de onde vem seu tráfego, se os consumidores preferem comparar preços ou compram impulso, entre outros recursos que visam otimizar as vendas dos lojistas.
Crivellaro ainda ressalta que cerca de 83% das pessoas que compram em lojas virtuais buscam produtos que facilitem suas tarefas cotidianas. Já 76% procuram preço e facilidade de pagamento. “O preço hoje é um fator importante, não só o preço como a forma de pagamento.
O preço pode ser atraente, mas a facilidade de pagamento é muito importante”, ressalta Crivellaro.
Crivellaro acredita que os produtos virtuais – ou de download – devem ganhar grande popularidade em 2012 e ao longo dos próximos anos, enquanto a entrada da Classe C no comércio eletrônico deve baixar o tíquete médio e aumentar o volume de vendas das empresas.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Checklist para formalizar seu negócio

A formalização traz inúmeras vantagens para sua empresa, gerando oportunidades de ganhos para seu negócio.


Com uma empresa formalizada você pode ter acesso facilitado a linhas de crédito, emitir nota fiscal, fazer publicidade sem riscos, contratar com segurança e com o respaldo da lei, comprar materiais com melhores condições de pagamento, exportar, receber subsídios do governo, entre outros benefícios.
No entanto, muitas vezes o empresário encontra dificuldades na formalização de seu negócio pela burocracia ou pela falta de informações. A legalização de empresas depende da legislação de cada estado.
Pensando nisso, fizemos esse checklist dos passos que você deverá seguir, no qual mostraremos caminhos e daremos dicas, com informações que são comuns às leis das unidades federativas, para ajudá-lo neste importante momento para sua empresa.

1º Passo: Verifique a sua situação Fiscal

A primeira coisa a se fazer é uma pesquisa de sua situação fiscal. Você deve verificar junto às Secretarias da Fazenda da União, do Estado e do Município a existência de débitos fiscais, como tributos, taxas e contribuições em seu nome e/ou de seus sócios.
Esse passo é importante porque a existência de débitos pendentes pode impedir a realização dos demais passos.

2º Passo: Realize uma consulta prévia para emissão do Alvará de Funcionamento

Após definir o seu ramo de atividades, você deve escolher o local onde será instalada a sua empresa.
A escolha do local para ser sede da empresa é de vital importância para criar um negócio eficiente. Além de examinar questões como: local para estacionar, proximidade com fornecedores e com o público desejado, você deve verificar na Prefeitura Municipal a possibilidade de instalação de sua empresa no local pretendido.
A legislação municipal pode trazer empecilhos para constituição de sua empresa em determinados locais.

3º Passo: Defina a natureza Jurídica mais adequada à sua empresa e elabore o Ato Constitutivo

A natureza jurídica da empresa é a forma como ela legalmente se constitui, e pode ser de duas formas: sociedade ou empresa individual.
Se você tiver sócios terá de optar por umas das formas de sociedade comercial. A mais comum é a sociedade limitada. Caso não haja sócios, você será registrado como empresário individual.
O ato constitutivo é a peça mais importante do início da empresa, para uma sociedade geralmente é o contrato social ou, no caso de empresa individual, é o Requerimento de Empresário.
Nele devem estar definidos claramente a natureza jurídica da empresa, o interesse das partes, o objeto da empresa e as demais normas que regerão o funcionamento, a administração e as relações entre os sócios da empresa.
Lembre-se que para ser válido, o ato constitutivo deverá ter o visto de um advogado. No entanto, as microempresas e empresas de pequeno porte são dispensadas dessa assinatura, conforme prevê o Estatuto da Micro e Pequena Empresa.

4º Passo: Verifique se não há outra empresa registrada com o mesmo nome que você escolheu

Você deve solicitar na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas uma pesquisa do nome empresarial para verificar se não há outra empresa com o mesmo nome e ramo de atividade que você deseja.
Geralmente é necessário preencher um formulário próprio, com três opções de nome. Em alguns estados, você também poderá fazer isso pela Internet.

5º Passo: Faça o Registro na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas

A partir de agora sua empresa existirá oficialmente. Para isso você deve fazer o registro legal, que é tirado na Junta Comercial do estado ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica.
Todavia, não significa que sua empresa possa começar a funcionar.
Para fazer o registro você vai precisar de uma série de documentos e formulários que podem variar de um estado para o outro, os mais comuns são:
  • Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;
  • Cópia autenticada do RG e CPF do titular e/ou dos sócios;
  • Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial), em uma via;
  • FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;
  • Pagamento de taxas através de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
Para saber sobre preços e prazos, você deve consultar o site da junta comercial do estado onde sua empresa será instalada, eles variam de um estado para o outro.
Com o registro, você receberá o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa) por meio de uma etiqueta ou carimbo fixado no ato constitutivo pela Junta Comercial ou Cartório.

6º Passo: Emita o seu CNPJ

Chega a hora de sua empresa se tornar uma contribuinte, através da obtenção do CNPJ. O cadastro do CNPJ é feito unicamente pela internet no site da Receita Federal, por meio de download de programa específico. Você precisa estar com seu NIRE em mãos. Após o cadastro você deve encaminhar os documentos necessários, por sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita Federal, e a resposta é dada também pela Internet.
Ao fazer o cadastro no CNPJ, você vai escolher a atividade que sua empresa irá exercer. Essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também na fiscalização das atividades da empresa. Lembrando que algumas empresas poderão optar pelo Simples nacional.

7º Passo: Solicite seu Alvará de Funcionamento

Está quase na hora de sua empresa começar a exercer suas atividades, e para isso você deve requerer na prefeitura municipal ou administração regional o seu alvará de funcionamento, que é uma licença municipal para que sua empresa comece a funcionar.
Geralmente, a documentação necessária é:
  • Formulário próprio da prefeitura;
  • Consulta prévia de endereço aprovada;
  • Cópia do CNPJ;
  • Cópia do Ato constitutivo;
  • Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário.

8º Passo: Realize sua Inscrição Estadual

Hoje em dia, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, que lhe permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ por meio de um único cadastro.
Em alguns estados a inscrição estadual deve ser requerida antes do alvará de funcionamento.É obrigatória a inscrição estadual para empresas que prestem serviços de comunicação e energia, além das empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Com ela você recebe a inscrição no ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços). Em geral, você vai precisar dos seguintes documentos e formulários obtidos na secretaria de fazenda dos estados:
  • DUC (Documento Único de Cadastro), em três vias;
  • DCC (Documento Complementar de Cadastro), em 1 via;
  • Comprovante de endereços dos sócios, cópia autenticada ou original;
  • Cópia autenticada do documento que prove direito de uso do imóvel, como por exemplo o contrato de locação do imóvel ou escritura pública do imóvel;
  • Número do cadastro fiscal do contador;
  • Comprovante de contribuinte do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), para as prestadoras de serviços;
  • Certidão simplificada da Junta (para empresas constituídas há mais de três meses);
  • Cópia do ato constitutivo;
  • Cópia do CNPJ;
  • Cópia do alvará de funcionamento;
  • RG e CPF dos sócios.

9º Passo: Cadastre-se na Previdência Social

Neste momento sua empresa já está autorizada a iniciar suas operações, mas você não pode se esquecer de realizar o cadastro na previdência social.
Esse cadastro é obrigatório e deve ser feito independente de possuir funcionários. Você poderá realizá-lo em uma das agências da previdência social, e o prazo é de 30 dias após o início das atividades.

10º Passo: Prepare o seu Aparato Fiscal

Agora que sua empresa já está totalmente formalizada, só resta preparar o aparato fiscal e partir para os negócios.
Para isso, você deve comparecer a prefeitura de sua cidade e solicitar a autorização para impressão das notas fiscais e a autenticação de livros fiscais.
Caso pretenda exercer atividades de indústria e comércio com sua empresa, você deverá requerer a inscrição na Secretaria de Estado da Fazenda.
Após seguir todos esses passos você e sua empresa estão preparados para enfrentar o mercado. Boa sorte nessa empreitada e muitas vendas!
Este artigo é um post patrocinado com o oferecimento de ContaAzul.

domingo, 7 de abril de 2013

A habilidade de liderança mais difícil que você pode aprender

Por Erico Cardoso

Quando um líder consegue transformar uma equipe de liderados em líderes, ele concluiu com louvor a sua missão

Qualquer grande líder enfrenta uma série de desafios em seu dia-a-dia.
Seja com problemas de comunicação estratégica, seja ajudando seus liderados através das mudanças ou até mesmo manter a liderança em face às adversidades.
A verdade é que, diariamente existe oportunidade de desenvolver a liderança dentro da agenda de um líder.
Les McKeown vem trabalhando há décadas com líderes que possuem todos os desafios acima e muitos mais.
Mas, segundo ele, a habilidade que ele presenciou líderes lutando constantemente contra é a mais simples, mas muito importante: capacidade de trabalhar com a sua equipe com igualdade.
Ou seja, a maior dificuldade de um líder é não parecer um líder, ser visto pela sua equipe como um igual, e não como o líder.
Mas, muitos líderes só conseguem operar em 2 modos: estando  no comando, ou fora do comando.
Em outras palavras, uma vez que o líder de junta à equipe a equipe instantaneamente tende a querer assumir o controle e a liderança, como se a liderança fosse um jogo de xadrez e o líder o rei do adversário.
Mas, os líderes verdadeiramente grandes têm um terceiro modo: a capacidade de sentar com a sua equipe sem a necessidade de estar no comando, usando seu conhecimento exatamente da mesma maneira como qualquer outra pessoa da mesa.
Se você ainda não consegue praticar essa terceira – e mais difícil – modalidade de liderança, aqui está a receita para desenvolver essa habilidade…
O grande segredo do trabalho em equipe é fazer com que o líder seja parte da equipe.
O grande segredo do trabalho em equipe é fazer com que o líder seja parte da equipe.

#1. Comece aos poucos

Escolha um assunto que é fácil de ser controlado por você. Não comece com algo que possa rachar toda a equipe, isso apenas vai alimentar a sua ansiedade.
Comece com um pequeno detalhe, que garanta que, se preciso, você consiga recuperar as rédeas da situação rapidamente, antes que as coisas fujam do controle.

#2. Comece algo pelo que você não seja apaixonado

Encontre um tema que não te incendeie. Talvez a contratação – ou transferência – de um novo integrante da equipe, por exemplo, ao invés do rebranding da sua empresa.
Mais uma vez, para começar a implantar esse estilo plano (e menos hierárquico) de liderança, você precisa começar praticando com assuntos que não vão se desencadear em uma discussão apaixonada.

#3. Nomeie um líder

Coloque alguém encarregado de liderar uma sessão sobre o tema a ser abordado.
Informe isso a todos com antecedência, mas sem nenhum tipo de pressão. O objetivo aqui é testar a sua habilidade de passar o bastão sem que as pessoas fiquem como um fantoche em suas mãos.

#4. Esteja presente

Mantenha-se presente durante toda a reunião. Resista à toda e qualquer tentação de ausentar-se ou de palpitar sem necessidade.
Isso é uma maneira de delegar responsabilidades e não ser visto como dono de todas as respostas para a sua equipe. Deixe que eles tracem o próprio caminho e só intervenha em casos extremos.

#5. Participe

O seu silêncio intenso e sua cara de observador não será um recurso, a não ser que você queira ter toda a atenção voltada para você.
Participar aqui significa contribuir quando você tiver algo para compartilhar que será útil para o grupo e para o tema em questão, e não dar palpites ou se intrometer a todo momento.
As outras pessoas fazem isso e, com a prática você consegue fazer o mesmo: participar apenas quando for útil.

#6. Contente-se com o silêncio

Existe o momento do silêncio – aquele que as pessoas esperam que você entre em cena e tome para si a condução das coisas.
Inicialmente, as pessoas vão se voltar para você quando uma pergunta for feita, ou alguma decisão for necessária. Não diga nada – nem mesmo uma justificativa por não fazer nada.
Apenas fique quieto e confortável com o silêncio. Deixe que a pessoa que você colocou no comando da sessão dilua as perguntas e dúvidas para o resto do grupo.
Se você não conseguir vencer o silêncio, estará de volta microgerenciando.

#7. Assuma responsabilidades

Quando se trata de atribuir responsabilidades, assuma um pouco para si mesmo. E não escolha as atividades de liderança.
Escolha atividades lineares, como as outras pessoas, e não a mais tentadora por ser o líder. Você vai sobreviver a elas.

#8. Resista à tentação de retomar o assunto

Quando a reunião terminou, aceite as coisas como ficaram definidas. Não caia na tentação de enviar e-mails ou ligar para tentar alterar os resultados de acordo com a sua preferência.
Se você fizer isso uma única vez, ninguém vai mais confiar quando você der liberdade e poder às outras pessoas. Eles vão concluir, com razão, que você está apenas fingindo.
Controle o ímpeto de, após as decisões, querer fazer a sua vontade prevalecer.
Controle o ímpeto de, após as decisões, querer fazer a sua vontade prevalecer.

#9. Repita a operação

Após um tempo implemente esse estilo em futuras reuniões e questões, cada vez com questões maiores e mais estratégicas.
Observe o que funciona e o que não funciona. Encontre o seu próprio estilo, a sua maneira de estar lá, sem se meter ou atrapalhar o fluxo das decisões.

Seu maior inimigo é o seu ego

Acredite, se você é orgulhoso, essas ações podem mexer com a sua confiança. Mas entenda que, a melhor maneira da sua empresa crescer e se desenvolver, é dar poder às pessoas – e confiança – para que elas tomem as melhores decisões para elas.
Isso se chama empowerment e vai garantir que a sua empresa vai ser conduzida para o sucesso e para a satisfação de todos os colaboradores, seja você uma startup ou a maior do seu mercado.
A sua equipe precisa conseguir conduzir a sua empresa para o caminho certo, esteja você sentado na cadeira do chefe, ou apenas assistindo à distância.
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Este artigo foi adaptado do original, “Hardest Leadership Skill You’ll Ever Learn”, da Inc.

Jack Welch e o real papel da área de RH

Por Ricardo Mallet
O CEO que liderou a General Electric por 20 anos, nomeado pela revista Fortune como o Gerente do Século, demonstra ter opiniões contundentes sobre o assunto.

Reprodução/ Welch Way Management Training
“Se o seu RH só está fazendo piqueniques ou newsletters, você está morto!”
Com tantas informações, insights e palpites que dispomos após o advento da era digital, não é tarefa fácil saber que opinião seguir para melhor administrar uma empresa. Até mesmo porque nenhum indivíduo detém todas as respostas para o sucesso nos negócios. Mas quando o assunto é Jack Welch, fica impossível desconsiderar suas ideias nas mais diversas áreas de uma organização. O CEO que liderou a General Electric por 20 anos, nomeado pela revista Fortune como o Gerente do Século, demonstra ter opiniões contundentes no que diz respeito ao real papel da área de RH. Em entrevista para a Endeavor Brasil, quando questionado se existe uma forma de medir a eficácia da área, Welch define o indicador mais relevante: o número de líderes formados na empresa. Sem papas na língua, diz que “se o seu RH só está fazendo piqueniques ou newsletters, você está morto!”
Prestando atualmente consultoria para um grupo selecionado de CEOs dos 500 da Revista Fortune, Jack Welch considera a pesquisa como um dos grandes modos de se gerenciar. Alerta, porém, que a área de RH deve se ocupar com as perguntas certas, pois questionar sobre a qualidade da comida oferecida na cantina ou o espaço no estacionamento não ajudarão verdadeiramente a empresa a atingir seus objetivos.
É algo sobre o qual precisamos refletir: por que a área de recursos humanos não se ocupa com questões estrategicamente prioritárias? Bem, não sou nenhum Jack Welch, mas também tenho minhas opiniões. Trabalhando com treinamento e consultoria em liderança, pude observar a dinâmica de poder e responsabilidade que impera em várias empresas brasileiras e me arrisco a afirmar que o maior causador desta falta de foco estratégico é o próprio empresário. Sua visão reacionária sobre o papel do RH faz com que as tarefas da área fiquem limitadas a iniciativas operacionais e eventuais “perfumarias”. Questões estratégicas, como a eficácia dos gestores no engajamento dos colaboradores, são totalmente desconsideradas, causando um ciclo vicioso no qual medidas reativas e superficiais acabam por aumentar ainda mais a desconfiança e a desmotivação das pessoas.

Em consultorias, ao aplicarmos um diagnóstico chamado Medida IAN (índice de atendimento das necessidades), coletamos um considerável volume de informações relevantes para auxiliar o RH a avaliar a eficácia das lideranças e, consequentemente, auxiliar os gestores na melhoria de suas competências. De forma clara e objetiva, os números têm demonstrado o quanto as empresas estão pecando pela falta de avaliação de seus líderes e a real necessidade de uma capacitação competente para que saibam lidar com as questões motivacionais recorrentes no dia a dia dos colaboradores.
O quadro preocupa, pois tal carência acaba desencadeando sérios problemas para a atração e retenção de talentos, recursos que nenhuma empresa pode dar-se ao luxo de desperdiçar nos dias atuais. 
Voltando às palavras de Jack Welch: “O RH é secundário em muitas empresas, pois só cuida de benefícios, piqueniques, newsletters, aniversários. Toda essa bobagem. Nada sobre liderança!”


quarta-feira, 3 de abril de 2013

7 coisas que você deve aprender sobre marketing com Philip Kotler

Por Fábio Bandeira de Mello
O mais célebre estudioso de marketing do mundo relata como as empresas podem utilizar novas estratégias para alavancar seus negócios em um ambiente digital.
Com cinco milhões de cópias vendidas de seus livros e traduzido em mais de 40 países, Philip Kotler recebeu um status que poucos estudiosos e professores já conquistaram. Considerado o principal nome do marketing atual e a sexta pessoa mais influente do mundo pela Wall Street Journal, ele se tornou uma lenda viva ao ser o detentor de muitas teorias estudadas nas universidades e utilizadas pelas empresas em todo o planeta.

Apesar de seus 81 anos, Kotler ainda mostra disposição ao circular pelo mundo disseminando seus conceitos em palestras e consultorias. Pela primeira vez em Recife, o estudioso ministrou o seminário HSM Marketing 3.0 e abordou para uma plateia de mais de mil executivos sobre alguns pontos essências do marketing em uma nova economia conectada por redes.
Veja sete características do novo Marketing apontadas por Kotler:

1 - O antigo marketing morreu

"O marketing antigo morreu. Antes, os consumidores não tinham tanto conhecimento da empresa, eles só viam o que dizia a publicidade. Ou seja, as empresas detinham o monopólio da informação. Hoje, isso mudou. Você pode conhecer a empresa tanto quanto ela. Você pode entrar na internet e saber todos os detalhes de um produto, quem são seus concorrentes e tudo mais", destaca Philip Kotler.
E o professor relata um exemplo bem atual: "Hoje, quando você vai comprar um carro, você não vai simplesmente entrar na concessionária para saber do veículo, você vai perguntar aos seus cinco mil amigos no Facebook. No novo marketing, os consumidores estão mais inteligentes e bem informados", contou Kotler.
Segundo o professor, qualquer empresa que faz uma promessa que não pode cumprir terá problemas. "As empresas estão em um grande aquário e todo mundo pode ver o que está acontecendo dentro", compara.
Foto: Lola Studio 

2 – A inovação deve ser incansável

"Se você inovar frequentemente terá muitos fracassos, mas se você não inovar, sairá do mapa. Então, você não tem escolhas", indaga o professor Kotler. Para ele, "não basta ter apenas uma cultura de inovação, é preciso mantê-la constantemente, porque o mundo não para".
Kotler destaca que é exatamente isso que as grandes empresas mundiais como a Apple, Intel, Amazon e McDonald's fazem e é por isso que elas conseguem se manter no topo por muito tempo.
Ele ainda ressalta que não manter essa postura de inovação é a forma mais rápida de uma empresa falir, assim como aconteceu recentemente com a Kodak, que pediu concordata nos EUA. "Como as empresas morrem? Quando alguma tecnologia começa a ficar obsoleta e as empresas não querem abandonar o sistema. Às vezes tem muito dinheiro investido na antiga tecnologia", destaca Kotler.

3 – Conheça seus consumidores

Kotler defende as empresas que apostam em um marketing segmentado. Para ele, se antes era o marketing de massa o mais comum para atingir o maior número de pessoal, agora a tendência é justamente o micromarketing ou marketing de precisão. Ou seja, é preciso conhecer de perto os seus consumidores.
Dessa forma, é possível oferecer produtos e serviços que se aproximam mais das necessidades dos clientes. Esse pode ser um grande diferencial competitivo para as empresas que possuem muitos concorrentes diretos em seu mercado de atuação.
Foto: Lola Studio 

4 – Use o planejamento, pense no marketing em direção ao futuro

Philip Kotler defende que o departamento de Marketing deve ser um setor parceiro do planejamento estratégico, um elemento propulsor do crescimento da empresa. Ele relata que ainda hoje muitos desses setores se preocupam apenas com a publicidade e em elaborar comerciais, enquanto o objetivo deve atingir todos os 4Ps do Marketing (produto, preço, promoção e praça). "O marketing é um processo que deve passar por quatro etapas: planejamento, gestão, execução e mensuração", destaca.
Para Kotler, apesar de ser difícil fazer previsões em longo prazo, é importante também criar alguns cenários do que pode estar por vir. Essa é uma forma de tomar direções com menos probabilidade de erros para o futuro de uma ação ou da própria empresa.

5 - Intensifique suas ações nas redes sociais e conte histórias

Uma das formas de conquistar fãs de uma marca, segundo Kotler, é a capacidade de as empresas contarem histórias envolventes. Dessa forma, as pessoas se sentem mais próximas da organização.
Uma excelente plataforma para fazer isso são as redes sociais. No entanto, o professor alerta sobre a forma de utilizar essa mídia: "Não use o Facebook para vender seu produto, use para fazer relações", afirma.
O professor destaca que duas empresas sabem fazer isso muito bem: a Coca-Cola e o McDonald's. "Eles sabe contar histórias diferentes para mães, para crianças, para idosos. Eles têm formas de se comunicar com diferentes grupos e utilizam muito bem o marketing narrativo", declara.

6 - Chame seus consumidores para desenvolverem seus produtos com você

Kotler defende a tese da cocriação nos negócios e no marketing atual. Ela permite de alguma forma que o cliente ou usuário faça parte do processo criativo e produtivo da empresa.
"Não e só testar um produto. Chame o consumidor para participar da criação dele. A Harley-Davison, a Lego, a GM e a Lexus são alguns expoentes nessa linha. A Lego, inclusive, pede ajuda a crianças para desenvolver seus novos produtos", destaca o professor.
E Kotler explica que esse tipo de ação é até possível com campanhas, como fez a marca de salgadinhos da Doritos. "Eles pediram para as pessoas ideias para sua nova campanha de marketing e receberam mais de 10 mil sugestões diferentes".

7 – Tenha responsabilidade socioambiental em suas ações

Baseado em sua teoria de Marketing 3.0, Kotler destaca que os consumidores de hoje estão consumindo de empresas que possuem cada vez mais uma preocupação com algum tipo de questão socioambiental.
Para ele, o futuro das empresas deve estar alinhado com essas diretrizes e com elas possuírem visão, missão e valores. "Entre aquilo que é certo e aquilo que é lucrativo, as empresas 3.0 preferem o certo. Elas abrem mão de algum lucro momentâneo para embutir em seu DNA um padrão de responsabilidade social", afirma.
Kotler destaca que se antes a máxima era: "o que é bom para a empresa, é bom para a sociedade', hoje, "o que é bom para a sociedade, é bom para a empresa".