sexta-feira, 10 de julho de 2015

Como tirar uma franquia da falência

Por Priscila Zuini 
Franqueados contam como conseguiram recuperar negócios do buraco

As franquias brasileiras tiveram taxa de mortalidade de 3,7% no ano passado, bem abaixo dos quase 30% para negócios independentes. Por isso, as franquias são a escolha de muitos empreendedores na hora de ter o próprio negócio. “Muita gente compra franquia e acha que os problemas estão resolvidos”, diz André Friedheim, consultor da Francap. Mesmo com baixas taxas de falência, a franquia tem riscos que podem acabar virando prejuízo para o franqueado.

Para Maurício Galhardo, da Praxis Business, dois pontos são cruciais na gestão de franquias. “Eu acho que existem duas causas principais: vender pouco ou gastar muito. O franqueado pode vender pouco por estar em uma localização equivocada, mal preparo ou estratégia de marketing mal feita, assim como pode gastar muito por uma negociação errada do imóvel, equipe inchada, pouco produtividade ou estoque muito grande de produtos”, afirma. O fato é que os problemas aparecem e o franqueado precisa agir rápido para salvar o negócio.

Para ajudar, as franqueadoras costumam ter uma equipe de “UTI”, que tem a tarefa de salvar a unidade. Muitas vezes, o salvamento depende de um novo fôlego, financeiro e de gestão. A Ortodontic Center, por exemplo, ativou a equipe de UTI para recuperar uma unidade em Santa Catarina. Os sócios deixaram o negócio nas mãos dos funcionários a ponto de um dos franqueados de mudar para o Japão. “O meu tio era um dos sócios. Ele tentava conversar por Skype, mas a coisa não andava igual. Entre 2013 e 2014, eu e meu marido viemos para cá”, afirma Kauana Diniz, nova franqueada de São José.

Com suporte da consultora de campo, a dupla viu que o maior problema era atrair clientes. “Era feita toda a compra dos materiais para fazer o trabalho, mas não tinha cliente. Vimos que o problema estava no funcionário. Eles estavam cheios de mania, não perguntavam, faziam por conta própria. Fizemos reciclagem, para dar treinamento novo e tirar quem não se enquadrava”, diz Kauana. Na época, o faturamento saltou de R$ 28 mil para R$ 55 mil. “Dobramos o número de pacientes em questão de dois meses”, diz.

A recuperação da clínica mostra que dedicação e foco ainda são imprescindíveis para fazer a empresa crescer. “Continuo achando o perfil do franqueado um fato muito importante para o sucesso. No Brasil, muitos ainda são mal selecionados e mal capacitados. Nos EUA, se gasta muito dinheiro nos processo de implantação, porque isso evita futuros problemas”, afirma.

Na rede de escolas de capacitação Cebrac, a troca de comando foi essencial para salvar a unidade de Apucarana, no interior de São Paulo. Diogo Palmieri conseguiu aumentar de 60 para 600 o número de matrículas em um ano. “O ex-proprietário me ligou e ofereceu para assumir a unidade. Ele tinha perdido o gás e nem tinha poder de investimento”, diz.

Entre os problemas, Palmieri encontrou uma estrutura física precária, com salas e equipamentos velhos. “A escola não faturava nem para pagar o aluguel. Tinham 30 lâmpadas queimadas e a gente precisou reformar, além de treinar e motivar a equipe. O faturamento de R$ 7 mil foi para R$ 70 mil. Foi surpreendente até para nós”, afirma Palmieri.

Evitar a falência é também função e interesse da franqueadora. Hoje, além das equipes de UTI, as redes usam os consultores de campo para não perder negócios. “É o monitoramento feito pelo consultor de campo que vai mostrar esses problemas. Ele não pode ser um auditor para verificar padrões. Ele tem que ir lá fazer o franqueado ganhar dinheiro, mostrar como fazer boa gestão de pessoas. É ajudar o franqueado a ser empresário e gestor”, diz Galhardo.

O franqueador também pode ajudar divulgando informações da rede e do mercado. “Ter comparações é importante. Você percebe se está é problema interno ou de mercado. O franqueador deveria divulgar rankings para que o franqueado tenha noções de como está comparado a média. E é papel do franqueado buscar informação no mercado que ele atua”, afirma Friedheim. Para Palmieri, entusiasmo também é um fator relevante. “A pessoa precisa ter dedicação e amor ao negócio. Trabalhar muito e acreditar”, diz.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

OS PRINCIPAIS ERROS DOS BRASILEIROS NO VALE DO SILÍCIO

EXPERIENTE EMPREENDEDOR NA REGIÃO, REINALDO NORMAND ESCREVEU UMA ESPÉCIE DE GUIA PARA BRASILEIROS QUE SE AVENTURAM NA TERRA DO GOOGLE E DO FACEBOOK 

Quando se mudou para San Francisco em 2006, o mineiro Reinaldo Normand já tinha um currículo recheado para um empreendedor digital brasileiro, responsável por comandar projetos na China, Japão e EUA. No coração do Vale do Silício, porém, Normand tinha em mãos um desafio mais amplo: junto à americana Qualcomm e a brasileira Tec Toy, comandaria a criação de um novo console, voltado principalmente ao mercado emergente. Quando o produto resultante do esforço, o Zeebo, chegou às prateleiras, ficou longe do impacto esperado. O console não vendeu bem e, em vez de salvar uma Tec Toy endividada, afundou-a ainda mais. Com o Zeebo enterrado, em vez de voltar ao Brasil, ficou no Vale com a sensação que “poderia aprender mais aqui”. Desde então, Normand fundou a startup Satomi, focada em design, e virou uma espécie de guia para empreendedores brasileiros que se aventuram na região onde surgiram algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, da Atari à Tesla, da Apple ao Google, do Facebook ao AirBNB.

Desde 2011, a quantidade de contatos dos brasileiros indo ao Vale do Silício para tentar a vida aumentou muito. A migração, porém, escondia algumas armadilhas: o brasileiro ia para a região mais tecnológica do mundo com uma visão totalmente errada dela. “As pessoas não têm a menor ideia de como o Vale do Silício e a cultura de startups funciona. É um outro planeta, diferente da realidade brasileira”, afirma.  Baseado nestas interações, Normand escreveu o e-book “Vale do Silício” (gratuito, disponível em www.valedosilicio.com), que se apresenta como uma porta de entrada para quem, tal qual ele, queria desbravar a região. Nesta entrevista, Normand fala sobre os principais erros desta incursão por parte de empreendedores brasileiros, analisa a cultura de tolerância ao fracasso que permeia a região e explica por que só abrir uma filial em San Francisco não garante sucesso a ninguém.

Qual é o principal erro dos empreendedores que se mudam para o vale hoje pensando em empreender?
O erro mais comum do empreendedor iniciante é achar que, vindo para cá, sua startup irá conseguir dinheiro fácil de investidores. Não poderia estar mais enganado. O ambiente aqui
é pelo menos umas cem vezes mais competitivo que o brasileiro. É preciso assimilar a cultura local para poder ser aceito no Vale. Isso leva anos. Outro problema que vejo frequentemente é a falta de produtos ou serviços competitivos fora do Brasil. Se sua empresa não foi pensada para competir globalmente, não adianta estar no Vale do Silício.

Neste caso, o tamanho do mercado interno no Brasil funciona como uma armadilha. Quais são bons exemplos de startups brasileiras que foram para o Vale e se mostraram competitivas?
Não existem startups brasileiras que vieram para o Vale e se tornaram competitivas internacionalmente; ainda. Como eu disse acima, vir para o Vale não mudará muita coisa na startup se ela não entender como funciona este lugar e assimilar sua cultura.

Por que escrever um livro sobre sua experiência no Vale do Silício?
Pela minha história e por viver em São Francisco, sou procurado frequentemente por empreendedores, funcionários públicos e executivos que querem saber mais sobre o Vale do Silício. Afinal de contas, esta região produz as startups mais influentes e inovadoras do planeta e há um enorme interesse  em aprender sua fórmula de sucesso. Nestas conversas, e para minha surpresa, constatei que a maior parte das informações que eu compartilhava era considerada inédita e valiosa.  As pessoas não têm a menor ideia de como o Vale do Silício e a cultura de startups funciona. É um outro planeta, diferente da realidade brasileira.

O livro surgiu desta constatação. Acho que a metodologia de sucesso do Vale pode ser útil para empreendedores iniciantes, empresas e até governos. Meu objetivo é atingir o maior número de pessoas possível e compartilhar tudo o que eu aprendi. Por isso, escolhi o formato gratuito.

O brasileiro que vai para aí acha que o Vale opera de que forma? De onde o brasileiro tira esta ideia?
Para ser justo, não é só o brasileiro que não entende o Vale do Silício. Até mesmo dentro dos EUA as pessoas têm dificuldades de entender este lugar pois ele opera com regras muito diferentes das existentes no resto do mundo. É um fenômeno único.

O problema é basicamente de educação. Ainda utilizamos as teorias gerais da administração e do marketing desenvolvidas no século XX. Elas funcionaram muito bem em indústrias antigas, mas não são mais aplicáveis na nova economia digital. Na minha visão, a metodologia de funcionamento das startups vai ser aplicada em todos os setores da economia daqui a 20 anos, simplesmente porque a tecnologia vai provocar disrupturas em todas as indústrias.

Nos últimos anos, o interesse dos brasileiros cresceu pelo Vale?
Sim, desde 2011 o interesse subiu muitíssimo. Principalmente vindo de empresas que buscam encontrar a "fórmula da inovação”, uma contradição em termos.

Por que? Muita empresa acha que é só abrir uma filial em San Francisco para explodir em vendas?
Porque não existe fórmula da inovação. Isto é uma falácia. Inovação vem da cultura da companhia. Muitas empresas acham que abrir uma filial no Vale do Silício as tornará inovadoras e isso não é verdade.

Há centros de inovação no Brasil que se gabam de ser o Vale do Silício brasileiro, como Belo Horizonte, São Paulo, Recife e Campinas. Quais destes centros se aproxima mais, em infra-estrutura e cultura empreendedora, com a região americana?
Em primeiro lugar, gostaria de dizer o quanto aprecio o trabalho dos empreendedores e investidores brasileiros para transformar a cultura do Brasil em todos estes centros citados. É louvável e eu os saúdo. Entretanto, embora tenha havido um progresso considerável nos últimos 3 anos, nenhum destes centros ainda chega perto do Vale do Silício. Há uma distância de pelo menos umas duas décadas entre o que é feito no Brasil e o que acontece aqui. A razão principal é cultural; e eu tento explicar no livro como isso pode ser mudado. É um processo de longo prazo onde o foco tem que ser em educação, mudança de mentalidade e em idolatrar os “role models”.  Levará décadas.

A tolerância ao fracasso, fundamental na trajetória do empreendedor americano, já existe na cabeça dos empreendedores brasileiros?
Para ser justo, acredito que esta tolerância exista na cabeça de alguns corajosos empreendedores brasileiros. Mas o problema é que ela tem que ser estendida ao resto da sociedade incluindo empresas, investidores e imprensa. Ser julgado por erros que cometeu paralisa a inovação e destrói o ecossistema. Veja o caso do Eike Batista. As pessoas deveriam ser julgadas pelo que aprenderam com os erros. Errar todo mundo erra, é a coisa mais normal do mundo.

Mas errar do tamanho do Eike? Tratá-lo com o mínimo de desconfiança não seria natural depois que muita gente perdeu tanto dinheiro?
Claro, mas o  caso do Eike é complexo. De um lado, ele foi brilhante, teve uma visão de Brasil que talvez tenha sido inédita na nossa história. Pensou grande e fez acontecer. Do outro, ele prometeu mais do que conseguiu entregar, o que gerou todos os seus problemas. Um clássico problema de execução. Mas não é porque ele falhou que devemos crucificá-lo como um vilão, a não ser que tenha havido fraude. E isso só a justiça poderá esclarecer.

Investir no mercado de ações ou em startups é uma atividade de alto risco. Perder dinheiro como investidor ou assistir companhias quebrarem faz parte do jogo do capitalismo. No Vale do Silício, 90% das startups irão fechar as portas.

Um sujeito nasce empreendedor ou seu entorno influencia esta formação?
Na minha visão, o empreendedor já nasce com uma tolerância ao risco e uma forma de pensar diferentes da maioria da população. Entretanto, para que o empreendedor aflore, é necessário um ambiente que entenda e estimule estas diferenças. Eu vi muita gente boa por aí que nunca seguiu o caminho do empreendedorismo por ter sido ridicularizada em suas idéias ou ideais. É terrível. Só quem passou por isso sabe como é. É um bullying societal.

Esta falta de experiência impacta a qualidade do empreendedor brasileiro?
Falta de experiência se conserta com experiência. Não é este o problema do empreendedor brasileiro, que é talentoso. O problema é o ambiente, que parece ainda estar com uma mentalidade da década de 80.  É difícil tentar algo novo e inovador sem suporte dos outros entes do ecossistema. O Brasil, na minha visão, jamais aderiu à globalização. É um mercado ainda muito fechado, caipira, onde ser amigo do Rei é mais valioso do que produzir.
Enquanto não se mudar esta cultura, não progrediremos na mesma velocidade do resto do mundo. E continuaremos a exportar commodities.

Depois de criar o Zeebo, se envolveria de novo em um projeto de hardware no Brasil?
Não. Hardware não é complicado de fazer, tecnicamente falando. O problema é gerenciar  o “supply chain”, capital de giro e os canais de distribuição. Quando se faz hardware, 90% do processo está nas mãos de terceiros, que você não controla. O risco é muito mais alto.

Fonte: 
http://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2014/11/os-principais-erros-dos-brasileiros-no-vale-do-silicio.html

domingo, 5 de julho de 2015

O que é Bootstrapping?

Existem várias definições para Bootstrapping, como você pode conferir na Wikipedia, mas eu vou falar aqui somente sobre a definição relacionada à empresas. A palavra em português significa "alça de botas" e o significado veio de uma metáfora que dizia "puxar-se para cima com suas próprias alças de botas" como sendo algo impossível. A partir da novela Ulysses em 1922, o termo Bootstrapping começou a ser utilizado com outros significados e se cunhou como uma metáfora para "processos auto-sustentáveis que funcionam sem ajuda externa".
No que diz respeito à empresas e negócios, podemos dizer que:
Bootstrapping é o ato de iniciar uma empresa sem investimento externo, ou seja, usando os seus próprios recursos e preferencialmente pouco dinheiro.
Essa é a melhor definição que eu consegui chegar. Em alguns lugares, você vai ler que Bootstrapping é também o ato de iniciar uma empresa com pouco investimento externo, neste caso, trata-se de empréstimos de familiares e amigos ou até mesmo de banco, mas nunca de  investidores.
O que isso quer dizer?
Significa que o empreendedor que inicia um novo negócio realizando Bootstrapping, não busca investimento externo no momento da criação da empresa e viabiliza tudo com seus próprios recursos (tempo e dinheiro). Além disso o termo está relacionado ao fato de gastar pouco dinheiro. Um empreendedor rico que investe deliberadamente milhões de reais para iniciar o seu negócio, não está realizando Bootstrapping.
Como é possível empreender com pouco dinheiro?
Existem basicamente duas maneiras. São elas:
Jornada Dupla - Nesta modalidade o empreendedor se mantém empregado em outra empresa. Financia o seu próprio negócio com parte do seu salário e dedica às noites e os finais de semana para trabalhar no seu negócio.
Reserva Financeira - Nesta modalidade o empreendedor cria uma reserva financeira, em geral guardando dinheiro do seu salário. Quando sua reserva atinge um valor que considera seguro para iniciar seu negócio, ele pede demissão e investe todo o seu tempo e o dinheiro da reserva para iniciar sua empresa.
Por que empreendedores escolhem fazer isso?
A resposta é simples: Liberdade.
Normalmente ao aceitar capital externo, o empreendedor ganha um sócio que invariavelmente fica sob algum controle e não permite que ele empreenda da maneira que acha de que deve ser feito.
Fazendo Bootstrapping, o empreendedor tem a liberdade para desenvolver a empresa como quiser e fica livre para aplicar sua própria visão, tentar de diversas maneiras e por fim realizar o seu sonho, até que ele não seja tão rentável do ponto de vista de um investidor.
Conclusão
Não é à toa que a origem da palavra veio de um significado de algo impossível. No primeiro momento realmente parece que é muito difícil conseguir montar uma empresa de sucesso desta maneira, mas diversas empresas são criadas assim e muitos empreendedores nem sabem que estão realizando Bootstrapping.
Fonte: http://rafael.adm.br/p/o-que-e-bootstrapping/

sexta-feira, 19 de junho de 2015

APRENDA ARREMATAR IMÓVEIS SEM ADVOGADO


Imóvel leiloado por calote custa até 40% menos...
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MAURICIO HASBENI DE MELO
Advogado/Consultor Empresarial/Coach/Mentor
Graduado pela Faculdade de Tecnologia (FATEC/UNESP).
Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).
Especialização em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialização em Políticas Públicas pela UNIBEM. 
Criador e Coordenador do Clube do Empreendedor.
Consultor Estratégico de Marketing.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Saber se vender é essencial. Todos vendem algo

Daniel Pink: "Você precisa ajudar a pessoa a melhorar a vida dela. Se souber conduzir esse processo de forma tranquila, vai vender e ter bons resultados."
escritor americano Daniel Pink, de 50 anos, lançou, no fim de 2012, seu quinto livro, To Sell Is Human: The Surprising Truth about Moving Others (algo como "Vender é humano: a intrigante verdade sobre como mover os outros"), que será lançado no Brasil em novembro pela editora Leya.
Uma pesquisa de Daniel feita para o livro mostrou que 40% do tempo que as pessoas passam no trabalho é usado com vendas. "No dia a dia, precisamos persuadir, influenciar e convencer os outros", diz ele.
Isso é importante para seu sucesso, senão você não conclui projetos, não consegue transitar na corporação e não tem as pessoas a seu lado. Saber se vender pode fazer você crescer e conseguir chegar aonde sempre quis. E não tem problema nenhum nisso.

VOCÊ S/A - Por que ser vendedor passou a ser essencial? 
Daniel Pink -  Passamos a vender constantemente. Se você olhar ao redor, todos vendem algo. Estamos vendendo nossa imagem para os outros comprarem. 
VOCÊ S/A - Qual a maneira mais efetiva de vender?
Daniel Pink - Antes de tudo, é essencial sempre ouvir o que os outros querem e entender qual oportunidade você tem. Só assim saberá como fazer a melhor oferta. Outro ponto importante é dizer “sim e”. Na maioria das vezes falamos “sim, mas”. Ao falar “sim e” você agrega, em vez de fazer um contraponto.
Fica mais fácil convencer. Por último, é importante fazer o outro se sentir bem. Se a pessoa estiver confortável, comprará de você.
VOCÊ S/A - É comum no mundo corporativo as pessoas se promoverem. Como vendedores de nós mesmos, é melhor ser alguém que resolve ou que encontra problemas?
Daniel Pink - Sem dúvida é melhor ser aquele que encontra. Se seu comprador já conhece o problema, ele acredita que sabe como resolvê-lo. Você não conseguirá vender nada. Se você for alguém que acha problemas, saberá como oferecer soluções. 
VOCÊ S/A - Quais são as chaves para ser um vendedor de sucesso? 
Daniel Pink - Antes de mais nada, estar ligado para entender o que o outro quer. Saber identificar e solucionar os problemas. Você precisa ajudar a pessoa a melhorar a vida dela. Se souber conduzir esse processo de forma tranquila, vai vender e ter bons resultados. O vendedor deve procurar entrar em sintonia com o comprador e entender de que ele precisa.
E precisa saber transitar. Com isso você consegue estar perto de pessoas capazes de ajudá-lo a entregar a solução de forma melhor. E a última chave é a clareza. Encontrar o problema certo para resolver. Saber fazer as perguntas certas para ter as soluções ideais é o melhor caminho. 
VOCÊ S/A - Em cargos de chefia, muda a forma como devemos vender? 
Daniel Pink - Em geral os chefes não são bons vendedores. Eles não sabem vender o quanto devem e precisam para ter sucesso. Eles apenas forçam as pessoas. Usam o poder e o controle, em vez de influenciar. Não sabem quão efetiva poderia ser a liderança deles e quanto o resultado poderia melhorar se soubessem como vender melhor.
VOCÊ S/A - Os extrovertidos vendem melhor?
Daniel Pink - Não necessariamente. As pesquisas mostram que isso é um mito. Os extrovertidos são os mais contratados, têm um ótimo desempenho e são os que recebem mais promoções. Mas não são, necessariamente, os melhores vendedores. Assim como os introvertidos também não são.
A competência de vender não tem a ver com ser comunicativo ou não. Para ser um bom vendedor é preciso saber escutar, saber a hora de ficar em silêncio, de ser estratégico e de entender o momento ideal­ para propor a venda. Só assim uma venda tem sucesso.
VOCÊ S/A - A internet transformou a dinâmica de compra e venda. Isso mudou a forma como nos vendemos para os outros?
Daniel Pink - Certamente. Muitas pessoas passaram a vender pela internet nos últimos anos. Gente que não era empreendedora passou a ganhar dinheiro na rede. Isso fez com que o assunto ficasse mais frequente na vida de todos. Mas o mais importante é que a internet ajudou na difusão da informação.
Hoje todos têm acesso. Vender nesse contexto passou a ser uma tarefa mais complicada. O comprador pode comparar, ler as opiniões de outras pessoas. A tomada de decisão nesse cenário passou a ter mais senões, tanto na compra na internet como no mundo offline.
VOCÊ S/A - O professor e escritor indiano Ram Charan escreveu um livro, cinco anos atrás, chamado O Que o Cliente Quer Que Você Saiba (Campus/Elsevier). No livro, que se tornou um best-seller, Ram escreve que não deveríamos apenas deixar nossos clientes satisfeitos, mas ajudá-los a alcançar as metas. O que você acha disso? 
Daniel Pink - Não li o livro. Mas entender o negócio de seu cliente é crucial. Atualmente vendemos soluções, não produtos ou serviços. Precisamos ajudar o cliente a atingir suas metas. Ele ficará satisfeito e será leal.

FONTE: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/180/noticias/sem-medo-de-se-vender

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Por que toda startup deve buscar um mentor para crescer

Mentoria: qual o significado desta palavra, que está cada vez mais presente no mundo dos negócios?

“Mentoring” é um termo normalmente traduzido como “tutoria”, “mentoria”, ou “apadrinhamento”. Mas qual o significado desta palavra cada vez mais presente no mundo dos negócios?

Escrita no século VIII a.c., Odisseia, a famosa obra de Homero, já mencionava a importância deste conceito para a humanidade. Ao partir para a conquista de Tróia, Odisseu sabia que iria ficar muito tempo longe de sua casa e de sua família. Temendo pelo que pudesse acontecer, ele deixou sua propriedade, família e esposa sob os cuidados do amigo, Mentor, pessoa de sua confiança. Nos dias de hoje, podemos classificar um mentor como um guia, conselheiro ou pessoa com vasta experiência profissional.

Vêm crescendo o número de programas, eventos e iniciativas que aproximam startups de mentores com experiência no mercado para que haja troca de conhecimento e experiências.

O objetivo do mentor é provocar questionamentos, contribuir com novas perspectivas e expertise, além de compartilhar informações relevantes sobre o mercado e também evitar que os novos empreendedores cometam os mesmos erros cometidos por eles no passado.

Na semana passada, o Startupi acompanhou de perto sessões de mentoria no Circuito Startup, um tradicional evento que acontece em várias cidades do Brasil.

Thiago Zequi (empreendedor) estava lá e contou para o Startupi que sempre trabalhou em grandes empresas e há dois meses decidiu empreender. “Eu queria empreender, mas sem arriscar meu patrimônio, me descapitalizar e não sabia por onde começar”.

Por isso, ele começou a participar de eventos como este para conversar com os mentores e descobriu que realmente existem pessoas dispostas a ajudar, serem parceiras e que tornam o caminho do empreender mais inteligente e com menos riscos.

Thiago de Carvalho, Country Manager da Clinton Education, foi um dos mentores e afirma que durante toda a nossa vida, tanto pessoal quanto profissional, estamos naturalmente em contato com mentores sem perceber.

“Se você quer ser um empreendedor e ainda não tomou uma iniciativa para procurar alguém com mais experiência, vá já para uma mentoria! Não existe uma etapa certa para iniciar nesse processo, só de você ter uma ideia, já pode começar!”, reforça Thiago.

Paulo Quirino, Tecnology Intelligence Analyst da Samsung, conta que a mentoria ajuda o empreendedor em todas as fases do projeto.

“O mentor conseguirá orientar a pessoa que só tem a ideia, mostrando a forma certa de evoluir, indicando livros e canais para seguir e também auxiliando em como encontrar desenvolvedores para desenvolver o produto”.

Muitos empreendedores tem uma ideia e acabam se fechando para desenvolver todo o produto sozinho e, na hora de validar, eles descobrem que o produto não tem aderência ao mercado. Isso por que ele nunca questionou ou pediu ajuda para saber se estava no caminho certo. “Por isso, a mentoria é fundamental; evita erros, gasto de tempo e dinheiro, utilizando o conhecimento de outras pessoas que já passaram por aquilo e podem auxiliar”, afirma Paulo.

Juan Bernabó, CEO da Germinadora, destaca um ponto muito interessante que acontece durante a mentoria. “Muitas vezes, o empreendedor busca ajuda para um determinado tema, quando na verdade seu problema é completamente outro. Com a mentoria, você vai descobrir qual é realmente o problema do seu negócio”.

Vitor Kawamura, CEO da Triple Seven Accelerator, passou por mentoria no Vale do Silício e contou que o número de eventos que unem startups com mentores é muito grande e que chegou a participar de até dois no mesmo dia. “Pela quantidade de eventos, facilita com que a gente encontre metores e faça muito mais networking”.

Um fato curioso que ele destaca é que, muitas vezes, o mentor acaba se tornando mentor do empreendedor e não da startup. Quando isso acontece, o mentor acaba acompanhando o empreendedor durante muito tempo, não apenas durante o desenvolvimento de um único projeto.

Aqui no Brasil, estamos desenvolvendo o ecossistema e precisamos de tempo para amadurecer, mas já evoluímos muito e com certeza estamos no caminho certo. Um exemplo disso é o número de eventos que promovem encontros de startups com mentores e, mais que isso, o quanto este tipo de encontro reduz o tempo de erros por parte do empreendedor.

Para Geraldo Santos, sócio da DEMO Brasil, que atuou como mentor neste evento, “diferente de dez ou quinze anos, quando não existiam programas organizados de aceleração e mentoria, tínhamos que correr atrás muitas vezes sozinhos. Isso gerava perda de tempo e dinheiro, pois muitas startups falham devido à falta de experiência ou por nunca ter vivido aquela situação. Hoje, os empreendedores têm todo apoio necessário para reduzir o tempo de falhar, isso é muito importante para antecipar o fracasso e acelerar o sucesso; reduzir investimentos e antecipar etapas”, afirma.

Tiago Asevedo, Fundador do Circuito Startup, contou que, durante uma viagem, conversou 10 minutos com um empreendedor e no final da conversa ouviu que tinha mudado a vida daquela pessoa. Foi aí que percebeu que 10 minutos de conversa com uma pessoa mais especializada acelera e muito o aprendizado do empreendedor e então resolveu trazer essa ideia para o evento.

Entre algumas dicas dos mentores, destacamos:

Seja claro sobre sua proposição de valor

Diferenciação e uma forte proposta de valor são fundamentais. Você precisa ser claro sobre o que é seus produto, o que ele faz, qual seu mercado alvo, qual o potencial deste mercado e o que você precisa do mentor, quais são suas dúvidas, liste e separe tudo de acordo com a área de atuação. Não adianta querer ajuda de mentores para um assunto financeiro ou jurídico por exemplo, se não é a especialidade dele. Primeiro busque todas estas respostas para depois procurar ajuda de mentores.

Tenha um passo claro e conciso

Obter o investimento certo e investidores para um novo negócio pode ser uma tarefa difícil. Por isso, construir relacionamentos certos tem um papel fundamental.

Clareza no pitch é fundamental para garantir que a ideia seja simples para os investidores entenderem e comprarem.

Normalmente, você tem cinco minutos para causar uma boa impressão e conseguir dar sequência no relacionamento com o investidor ou não. Muitas vezes, os empreendedores falham e colocam muita ênfase em pedir dinheiro, em vez de demonstrar o que é que eles vão fazer com ele.

No momento em que os investidores estão vendo retornos mais lentos em seus investimentos, os empreendedores precisam ser capazes de identificar claramente os pontos essenciais para o negócio – como o fortalecimento da gestão, ganhar prêmios e garantir um cliente suficientemente impressionante – em uma tentativa de delinear as expectativas de ROI e os resultados.

Priorize o seu tempo e foco

Um grande negócio muitas vezes pode estar na esquina ao lado. No entanto, as apostas fora do lugar – em termos de tempo e foco – podem ser extremamente caras.

Por exemplo, tentar relacionar-se com grandes empresas – ovender para elas ou simplesmente buscar uma parceria com elas – exige uma avaliação cuidadosa, pois pode levar meses até dar resultados.

Por isso, o empreendedor precisa estar preparado para isso antes de sair batendo nas portas. Nesse aspecto, um mentor que atua no mercado corporativo pode ser uma grande facilitador e orientador para se alcançar as metas mais facilmente.

O que parece uma oportunidade quente hoje pode muito facilmente esfriar, pois as prioridades mudam.

Muitas das decisões que são feitas nos estágios iniciais de um desenvolvimento de negócios terão consequências sobre seu futuro a longo prazo. Por isso, deve-se priorizar onde os empreendedores vão concentrar os seus esforços e a quantidade de tempo gasto com eles. Isso é absolutamente fundamental.

Enquanto os empreendedores querem e precisam estar antenados às oportunidades, também as vezes precisam dar um passo para trás e considerar o custo de oportunidade envolvido. Gerenciamento de tempo e priorização são absolutamente essenciais para qualquer empreendedor. Esta é uma área onde mentores de negócios pode realmente agregar valor.

Gerencie as expectativas sobre o processo de mentoria

Um mentor experiente pode ajudar a fornecer aconselhamento imparcial e apoio. Mas é importante entender e reconhecer o papel do mentor. Por exemplo, se você falar com 10 mentores diferentes, dificilmente todos terão a mesma opinião ou lhe darão as mesmas dicas.

Cada um pode ser especialista em um tema diferente: desenvolvimento de canais, go to marketing, modelo de negócios, parcerias etc. Por isso, é importante saber ouvir, discutir com sua equipe e tomar as decisões para onde seguir. O papel do mentor é sempre ajudar o empreendedor a tomar decisões mas nunca fazer isso por ele.

Além disso, o papel do mentor é muito valioso para gerar oportunidades de networking e relações comerciais com potenciais clientes. Por isso, esteja sempre atento a isso durante o processo de mentoria pois muitas vezes isso vale muito mais do que dinheiro de investidor.

Garantir que ambas as partes compreendem claramente as metas e as expectativas de cada um é vital para tirar o máximo partido da parceria entre mentor e empreendedor.

Mas o que leva os mentores, na maioria das vezes voluntários, a querer ajudar os novos empreendedores? Satisfação em ajudar o próximo e passar para frente o conhecimento! Conversando com diversos mentores, estas foram algumas repostas que mais ouvi.

“Faço o que eu gostaria que alguém tivesse feito por mim há 15 anos atrás. Eu quebrei a cabeça, perdi carro, apartamento e tempo desenvolvendo produtos que não vingaram. Quero ajudar as pessoas a não passarem por isso, facilitar a vida dos empreendedores e contribuir para o ecossistema”, afirma também Juan Bernabó.

“Quando comecei a empreender, eu tinha um mentor que me ajudou por que uma outra pessoa tinha o ajudado, então eu vou te ajudar, para você ter sucesso e um dia poder ajudar alguém também”, finaliza Vitor Kawamura.

Os mentores também aprendem com os novos empreendedores e podem avaliar o mercado para saber das novas tendências e muitas vezes localizam empresas para investir ou virar sócio.

MAURICIO HASBENI DE MELO
Advogado/Consultor Empresarial/Coach/Mentor

Fundador do Clube do Empreendedorhasbeni@gmail.com

Fonte: 
http://exame.abril.com.br/pme/noticias/por-que-toda-startup-deve-buscar-um-mentor-para-crescer

sábado, 17 de janeiro de 2015

Nos negócios, você só cresce se os outros crescerem junto com você

Nos negócios, você só cresce se os outros crescerem junto com você.

Se você quer ganhar os outros que dependem de você tem que ganhar junto com você. Por que será que é tão difícil de entender isso?

Acabei de terminar de fazer o meu cartão de visitas (*). Em seu verso, fiz questão de deixar uma frase de impacto (ela está no título do texto), e que é claro, não foi escolhida a toa. Ela demonstra a filosofia de trabalho que mais me agrada, além de representar também a forma com a qual eu enxergo o futuro dos negócios. Eu não escolho as empresas das quais eu aconselho, mas se pudesse escolher, com certeza só ajudaria pessoas que possuíssem esse pensamento.

Confesso que nunca me dei bem em prever comportamentos de mercado, mas isso nunca me impediu de dar alguns palpites. Não sei se você irá concordar comigo, mas o que eu enxergo é que no futuro não existirá mais espaço para empresários egoístas.

Se você é um pequeno empresário que deseja ver sua empresa progredir, aqui vai uma lição extraída do excelente livro Sonho Grande, do qual retrata a história do empresário Jorge Lemann, o atual homem mais rico do Brasil:

Você só ficará rico se souber como ajudar as pessoas que estão ao seu redor também ficarem ricas.

Amigos empresários, caiam na real, vocês jamais encontrarão mão de obra qualificada pagando R$ 1.000,00 por mês para alguém trabalhar 44 horas por semana, isso não existe e vou te dizer o porquê.

Os grandes talentos, aqueles que realmente farão sua empresa crescer, estão investindo cada vez mais tempo e dinheiro buscando aprimoramento profissional. Cursos custam caro, congressos custam caro, livros custam caro, e para conseguir fazer tudo isso eles precisam de dinheiro.

Nenhum Cristiano Ronaldo jogará no seu time recebendo esse salário. Nenhum Messi vai querer jogar na sua equipe a troco dessa esmola. O ciclo é insustentável e o empresário que não perceber isso irá perder.

Dito em outras palavras...

O micro empresário que só estiver preocupado em pagar a prestação do seu carro importado, enquanto seus funcionários sofrem com computadores que travam todo dia, no futuro irá quebrar.

O pequeno empreendedor que só pensa em viajar para a praia, enquanto seus funcionários não recebem treinamento anualmente, no futuro irá quebrar.

O jovem CEO que só pensa em ficar na sua sala com o ar condicionado ligado em -18, enquanto seus funcionários são obrigados a trabalhar em uma sala com um ventilador capenga, no futuro irá quebrar.

Se você não ajudar os outros, não receberá ajuda, simples assim.

É sob a ótica do egoísmo que as grandes empresas, como Wallmart, aparecem nas pequenas cidades e engolem sem nenhuma piedade os pequenos comerciantes.

No futuro só irá sobreviver aquele que tiver o pensamento coletivo, aquele que pensar no bem da sociedade e no progresso de seus funcionários. Basta você acompanhar o progresso milionário das novas Startup's brasileiras para ver que não estou dizendo nenhuma bobeira.

Se você quer ganhar, os outros que dependem de você tem que ganhar junto com você.

Por que será que é tão difícil de entender isso?

(*) Quem ficou curioso, clique aqui para ver o meu cartão :)

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/nos-negocios-voce-so-cresce-se-os-outros-crescerem-junto-com-voce/83945/

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O dilema da gestão de vendas

Por que quando um excelente vendedor é promovido a gestor, a força de vendas geralmente perde o excelente vendedor e ganha um péssimo gerente?

Essa deve ser a dúvida de muitos empreendedores. Quando a empresa cresce e se torna necessário criar um cargo de gestor comercial, é muito comum que o vendedor com o melhor desempenho da força de vendas seja promovido.

Porém, em grande parte das vezes, essa promoção não ocorre direito e o resultado é péssimo! Além da força de vendas perder o seu melhor vendedor (criando uma lacuna que demora para ser preenchida), a empresa ganha um profissional sem experiência alguma em liderança.

O planejamento é o primeiro passo para a mudança. Por isso, a organização de uma força de vendas depende do preparo de seus integrantes.

Com isso, ao detectar que a empresa está crescendo e que a força de vendas precisará de um líder para ajudar no desempenho e acompanhamento das métricas dos vendedores, é preciso preparar a mudança.

A melhor coisa que pode ser feita dentro de uma força de vendas é estruturar e preparar a empresa com antecedência para o crescimento, prevendo o que precisa ser feito para quando as projeções se concretizarem.

Como preparar um líder para a força de vendas?
O empreendedor tem duas opções no momento de atribuir um líder para a força de vendas. A primeira é contratar um gestor com experiência em liderar vendas e que principalmente entenda do mercado.

A segunda alternativa é desenvolver um líder dentro da força de vendas. Um líder que já esteja por dentro dos processos da empresa, que conheça o negócio e o mercado, porque vence diariamente vários desafios como vendedor.

Todas as 2 alternativas têm prós e contras. Porém, quando se escolhe beneficiar um vendedor com excelente desempenho, é preciso passar pelas etapas da mudança com muito cuidado para que ela não influencie de maneira negativa o desempenho de toda a equipe de vendas.

Como estruturar a mudança em uma força de vendas?
O planejamento é a melhor maneira para o crescimento não prejudicar a força de vendas.

É preciso antecipar as mudanças para que se tenha tempo de adaptação e não haja perda em resultados.

Por isso, quando o cenário previsto estiver começando a acontecer e existir a necessidade de um novo líder, o primeiro passo é encontrar um novo integrante para a força de vendas.

Paralelamente a isso, é importante capacitar o membro da força de vendas que será promovido, com cursos e muito material sobre liderança. Isso acontece porque mesmo que o futuro líder saiba muito sobre vendas, pode ser que ele saiba pouco sobre liderança ou gestão de pessoas.

Treinamento e capacitação é essencial para qualquer grande líder.

Ele precisará muito dessas duas ferramentas para fazer a força de vendas continuar gerando resultados.

Quando a mudança é planejada e executada com tempo suficiente para que o processo não seja influenciado negativamente, ela é benéfica para todos os envolvidos.

Primeiro, porque quando a empresa investe em um novo líder para a força de vendas, o líder irá querer atender às expectativas da empresa que o promoveu, e quando a força de vendas já está estruturada para a saída de um vendedor, o impacto será bem menor.

Isso é bem diferente de chegar em uma bela manhã e ser bombardeado com novos cargos, novos funcionários e novas atribuições.

O planejamento é a melhor maneira de não se perder um excelente vendedor, ganhando um péssimo líder para a empresa. É justamente isso que pode arruinar uma força de vendas: mudanças sem preparo, sem estrutura e que surpreende a todos.

Quando o cenário é planejado, tudo muda. É justamente essa a única e melhor maneira de promover um vendedor sem arruinar o desempenho da força de vendas.